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Un campesino del Movimiento de Trabajadores Rurales Sin Tierra de Brasil (MST) fue asesinado en la mañana de este viernes durante la ocupación de parte de la estancia Southall en el municipio de San Gabriel, en el sureño Estado de Rio Grande do Sul.
La Policía Militar del Estado atacó violentamente a los 400 integrantes del MST movilizados, en una arremetida con caballos y perros, asesinó de un balazo por la espalda a Elton Brum, de 44 años de edad, e hirió a decenas de personas con golpes y balas de goma.
En el marco de la Jornada Nacional de Lucha por la Reforma Agraria, que el MST realizó toda la semana pasada, unos 400 campesinos del movimiento ocuparon el pasado 12 de agosto parte de la hacienda Southall. Exigen la expropiación de ese predio, que las estancias Antoniazzi y 33 también sean otorgadas a trabajadores sin tierra, y créditos para las 550 familias asentadas en la región, para que puedan empezar con la producción de alimentos.
Los integrantes del MST demandan además atención en salud y educación, porque hay cientos de niños sin poder ir a la escuela y tres ya murieron por falta de tratamiento médico.
El mismo 12 de agosto los campesinos también ocuparon la Prefectura Municipal de San Gabriel. La policía militar estatal también los reprimió allí con fuertes golpes y luego de ser trasladados al Departamento de Policía continuaron siendo torturados, inclusive con choques eléctricos. Unas 30 personas fueron heridas ese día, varias con brazos y dedos fracturados, entre las que había niños que al principio ni siquiera recibieron atención médica.
Desde las 7:30 de la mañana de hoy los campesinos del MST volvieron a vivir la pesadilla. Hoy uno de ellos fue asesinado, como tantas otras veces. Así de claro y duro. Eso es lo que cuesta la lucha por la tierra y una vida digna en el Brasil que prometía la reforma agraria. Mañana los campesinos presentes en San Gabriel realizarán un acto en honor al compañero asesinado. Luego la lucha sigue.
[MST] Nota pública sobre o assassinato de Elton Brum pela Brigada Militar do RS
Por mst 22/08/2009 às 16:08
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) divulgou nota pública sobre o assassinato de Elton Brum pela Brigada Militar do Rio Grande do Sul: A nota denuncia a truculência polícia e responsabiliza o governo Yeda Crusius (PSDB), o Ministério Público Estadual e o Poder Judiciário pelos acontecimentos de São Gabriel:
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra vem a público, manifestar novamente seu pesar pela perda do companheiro Elton Brum, manifestar sua solidariedade à família e para:
1. Denunciar mais uma ação truculenta e violenta da Brigada Militar do Rio Grande do Sul que resultou no assassinato do agricultor Elton Brum, 44 anos, pai de dois filhos, natural de Canguçu, durante o despejo da ocupação da Fazenda Southall em São Gabriel. As informações sobre o despejo apontam que Brum foi assassinado quando a situação já encontrava-se controlada e sem resistência. Há indícios de que tenha sido assassinado pelas costas.
2. Denunciar que além da morte do trabalhador sem terra, a ação resultou ainda em dezenas de feridos, incluindo mulheres e crianças, com ferimentos de estilhaços, espadas e mordidas de cães.
3.Denunciamos a Governadora Yeda Crusius, hierarquicamente comandante da Brigada Militar, responsável por uma política de criminalização dos movimentos sociais e de violência contra os trabalhadores urbanos e rurais. O uso de armas de fogo no tratamento dos movimentos sociais revela que a violência é parte da política deste Estado. A criminalização não é uma exceção, mas regra e necessidade de um governo impopular e a serviço de interesses obscuros, para manter-se no poder pela força.
4. Denunciamos o Coronel Lauro Binsfield, Comandante da Brigada Militar, cujo histórico inclui outras ações de descontrole, truculência e violência contra os trabalhadores, como no 8 de março de 2008, quando repetiu os mesmos métodos contra as mulheres da Via Campesina.
5. Denunciamos o Poder Judiciário que impediu a desapropriação e a emissão de posse da Fazenda Antoniasi, onde Elton Brum seria assentado. Sua vida teria sido poupada se o Poder Judiciário estivesse a serviço da Constituição Federal e não de interesses oligárquicos locais.
6. Denunciamos o Ministério Público Estadual de São Gabriel que se omitiu quando as famílias assentadas exigiam a liberação de recursos já disponíveis para a construção da escola de 350 famílias, que agora perderão o ano letivo, e para a saúde, que já custou a vida de três crianças. O mesmo MPE se omitiu no momento da ação, diante da violência a qual foi testemunha no local. E agora vem público elogiar ação da Brigada Militar como profissional.
7. Relembrar à sociedade brasileira que os movimentos sociais do campo tem denunciado há mais de um ano a política de criminalização do Governo Yeda Crusius à Comissão de Direitos Humanos do Senado, à Secretaria Especial de Direitos Humanos, à Ouvidoria Agrária e à Organização dos Estados Americanos. A omissão das autoridades e o desrespeito da Governadora à qualquer instituição e a democracia resultaram hoje em uma vítima fatal.
8. Reafirmar que seguiremos exigindo o assentamento de todas as famílias acampadas no Rio Grande do Sul e as condições de infra-estrutura para a implantação dos assentamentos de São Gabriel.
Exigimos Justiça e Punição aos Culpados!
Por nossos mortos, nem um minuto de silêncio. Toda uma vida de luta!
Reforma Agrária, por justiça social e soberania popular!